Andropausa é um termo que se refere à queda do nível dos hormônios masculinos que geralmente ocorre a partir dos 40 – 45 anos de idade. O termo médico correto para essa condição é deficiência androgênica relacionada ao envelhecimento masculino (DAEM).
Estima-se que, nas próximas décadas, a população brasileira terá mais de 30 milhões de homens acima dos 60 anos, e 1/4 desses homens apresentará DAEM. Dado importante é que a partir dos 40 anos de idade, a testosterona circulante diminui 1% ao ano, o que pode acarretar vários sintomas muitas vezes negligenciados pelos médicos e até mesmo pelos próprios pacientes.
Os principais sintomas clínicos do hipogonadismo (deficiência de testosterona) são:
- Diminuição do desejo sexual e qualidade da função erétil;
- Redução da frequência de ereções espontâneas;
- Alterações do humor, com diminuição concomitante da atividade intelectual e orientação espacial;
- Fadiga;
- Humor depressivo;
- Irritabilidade;
- Distúrbios do sono;
- Diminuição da massa magra e força muscular;
- Aumento da gordura visceral;
- Diminuição dos pêlos corporais e alterações da pele;
- Diminuição da densidade mineral óssea, originando osteopenia e osteoporose.
Além dos sintomas clínicos, outro importante fator que deve ser considerado antes do inicio da reposição é a avaliação laboratorial. Os valores normais de testosterona são variáveis e existem algumas situações em que outros exames laboratoriais são necessários para o diagnóstico de hipogonadismo.
O principal tratamento para a DAEM é a reposição hormonal com testosterona em suas diversas formas - tópica, intramuscular ou subcutânea - cada uma com suas peculiaridades.
Importante salientar que a terapia de reposição hormonal tem muitos efeitos benéficos, porém pode cursar com eventos adversos. O paciente candidato à reposição deve ser cuidadosamente avaliado para que possamos diminuir o risco dos efeitos indesejados, como alterações nos glóbulos vermelhos do sangue, apnéia do sono e ginecomastia. Atenção especial deve ser dada aos pacientes diabéticos, cardiopatas, com histórico pessoal e familiar de neoplasias prostáticas e de sintomas urinários. Tão importante quanto a seleção dos pacientes é o acompanhamento periódico e detalhado, a fim de determinar a segurança e efetividade da terapêutica hormonal.
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